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RETROSPETIVA

 

Soube-me sempre bem entrar num novo ano, por causa da curiosidade.

Como se uma linha invisível me separasse dos sonhos mais caros da minha alma.

Foi sempre assim, desde que me entendo por gente.

Este ano, é diferente!

A curiosidade é sobre uma ponte.

A ponte que me leva a todos os lugares recônditos dentro de mim, e perceber se algo precioso me escapou.

Quero tecer meticulosamente os laços que unem as minhas existências, dando-lhes o devido destaque, enquanto 2023 me espera ali, paciente e promissor.

Desta vez, quero entrar devagarinho, para ver o passado em perspetiva a dar lugar a todos os caminhos que escolhi. Há vírgulas muito importantes.

Não vá ter-me escapado alguma pelo caminho, tal a pressa e o entusiasmo!

Uma vírgula, ou a falta dela, pode fazer a diferença de uma vida.

Pode bastar dizer adeus, com um poema bonito, ou simplesmente cobrir uma memória com um manto de flores, e deixá-la perfumar os caminhos da minha história. Pode bastar ler melhor a experiência, para captar a primeira sensação – a verdadeira, e vir embora para o ano novo, sem a dúvida que atrapalha os passos. Pode simplesmente bastar regressar àquela curva onde tudo aconteceu e, desta vez, apanhar a boleia à hora certa, no sítio certo. Ou ouvir melhor o eco de palavras sábias que, entretanto, na azáfama dos anos, se perderam.

Este ano é diferente!

A curiosidade é sobre uma ponte, sobre as vírgulas e sobre o tempo justo das coisas.

               31 dez 2022

 

 

NA SOMBRA DOS CORPOS

O dia acordara soalheiro, iludindo os mais esperançosos. Em meros instantes se fechara o horizonte, num cinzento triste e chuvoso.

O tempo está como as pessoas. Instável e frágil.

É desorientador. O corpo mal tem tempo de se habituar à alegria de um momento, para logo se reprimir diante de um semblante cerrado. Por que não tentamos ser felizes dentro da chuva, enrolando-nos nos braços uns dos outros só a trocar amorosamente as nossas existências? Com isso, nasceria um certo sol na barriga e no coração… De certeza que era isso que aconteceria. Mas há qualquer coisa no tempo de agora que afasta os seres para dentro de rochedos, com medo que o sol se transforme em lava destrutiva ou não sobreviva, ele também, à violência da tempestade.

Naquele dia simplesmente cinzento, as aves decidiram abandonar o céu, refugiando-se no interior de uma ruína. Como se já não pudessem desfrutar do voo rasgado e orgástico. Como se temessem perder para sempre a esperança de voar em céu aberto e límpido – voar imensamente e durante muito tempo. Ali resguardadas, dormiriam na esperança de um dia.

É desta forma que muitas pessoas se defendem de viver. Recolhem-se no medo de morrer, tal como as aves, dentro da ruína.

Por causa dos dias instáveis, geraram-se muitos cansaços. E os cansaços desenharam costas curvadas de olhos postos no chão, na sombra dos corpos.

Compreendo.

Ainda assim…

Acredito na luz que se esconde na sombra dos dias e nas pedras do tempo.

Aprendo a voar na instabilidade do vento, e a transformar ruínas em casas para sempre.

 

6 de dezembro, 2022

 

 

 

 

 

SABES BEM!

Sabes bem! Eu confirmo que sabes.

Saibo?

Sabes que sim.

E tu sabes a que sabem os teus beijos? Mel, canela ou abacaxi?

A tudo isso e a barba macia. Confirmo eu!

A sonhos interrompidos de contos diários lidos à cabeceira.

Uma surpresa repentina traz-me à boca

A memória do fruto delicioso proibido

E que, hoje, se insinua um bocadinho.

Gostei de saber que te saibo bem.

5 de março de 2021

AMOR E PAZ

É impactante, o muro de Berlim. Como o são, todos os muros que erguemos entre nós e os outros, entre nós e os sonhos mais queridos da nossa alma!

O que é que custa escolhermos Amor e Paz? Custam os nossos medos, as posições que defendemos com unhas e dentes, as taças da nossa razão, as nossas feridas, ressentimentos e mágoas profundas.

Sabemos que não é fácil andar assim, de costas leves, como se não houvesse toda uma história para trás difícil de transformar. Mas Amor e Paz é o Graal que todos procuramos e que, sem o sabermos, nos mantém vivos e curiosos em relação ao dia de amanhã.

5 de março de 2021

 

A SÓS COM O UNIVERSO

No outro dia, larguei definitivamente as velhas coisas. Acreditei eu. Desobstruiu-se de repente o caminho e, já sem estar à espera, chegou a Tua mensagem. Sorri de alegria.

Só aqui estamos os dois. Mais ninguém.

Eu, com as minhas intermináveis perguntas. E Tu, silencioso, detentor de todos as respostas. Como é difícil sossegar a mente e escutar as entrelinhas dos Teus silêncios!! Apenas quando me distraio, ouço o que dizes, sempre amoroso e rigoroso nas Tuas matemáticas.

Pequenos laivos de clarividência mostram-me a chave da felicidade. Pena é que no minuto seguinte me perca, ao mínimo pestanejar da mente ilusionista.

No outro dia, como disse, larguei definitivamente as velhas coisas. Sei que voltarão sempre até que eu seja capaz de agradecer a benção, abraçar o momento e deixá-lo partir.

Descobri que a gratidão é o sentimento mais doce e tranquilizador que existe. E que o único lugar que permanence é aquele ponto, chamado de Centro.

O resto, é movimento.

Estaremos sempre aqui, os dois. Eu, com as minhas intermináveis perguntas. E Tu, com a Tua infinita coerência.

Obrigada.

17 de janeiro, 2021

MORTE EM VIDA OU RISCO DE VIVER?

Ninguém nos pode tirar a liberdade interior!

Num tempo, onde o medo se transformou na maior pandemia, é preciso manter a respiração fluida e profunda. Esta põe em marcha o movimento emocional, a inteligência lúcida, a consciência, a visão clara, o rasgo criativo e a coerência interna.

Há uma circulação que jamais alguém poderá impedir-nos de fazer: a circulação sanguínea das nossas convicções, o movimento interno das nossas fibras e vísceras – fonte do nosso poder pessoal.

A ciência já provou que da coerência entre todos os sistemas e funções corporais depende a força do nosso sistema imunitário! Este é o nosso exército! Os maus tratos que infligirmos contra ele têm consequências graves na saúde e na liberdade. Não entreguemos, em mãos alheias, as decisões sobre o que fazer com ele!

É também do conhecimento geral que o crescimento para a maturidade se faz com a redefinição de valores a partir, por um lado, da renúncia a velhas lealdades que não servem o propósito da nossa evolução e, por outro, do fortalecimento de valores que valem a pena ser mantidos. Assim sendo, a obediência cega a poderes vigentes não é, de todo, o que se espera de uma sociedade evoluída. Vamos respirar e tomar posse da nossa capacidade pensante e, sobretudo, da nossa responsabilidade individual sobre o bem-estar e felicidade que tanto dizemos que alvejamos.

RESPIRA-TE! INSPIRA-TE! TOMA POSSE DE TI MESMO! RESPONSABILIZA-TE! PEDE AJUDA! Só perdemos o nosso poder quando fazemos depender a nossa tranquilidade das decisões, muitas vezes arbitrárias, de alguém ou de governos desgovernados.

Voltando ao cerne deste texto, o Movimento da Vida é um fluxo contínuo, ainda que não se veja a olho nu! O mesmo acontece com a liberdade! Esta pode impor-se dentro das quatro paredes das regras que se é obrigado a cumprir, desde que não nos encostemos passivamente ao comodismo da obediência. É no exercício dessa liberdade que podemos criar algo novo, uma nova força que neutraliza o poder viral do medo. Lembrando Mandela – o mais livre de todos os homens da história recente da humanidade -, a educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo.  E isso implica, de cada um de nós, começarmos a pôr em prática o conhecimento que existe sobre todas as áreas do saber.

Assim sendo, a minha mensagem é esta:

A RESPIRAÇÃO PROFUNDA E FLUÍDA É A ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA PARA SAIR DO MEDO E DO PÂNICO QUE ESTÃO ALOJADOS NO CORPO E NA PSIQUE! SÓ A SEGUIR A ISSO É POSSÍVEL TER CONDIÇÕES PARA PENSAR NO QUE ESTAMOS A FAZER E PARA ONDE ESTAMOS A IR OU A DEIXAR QUE NOS LEVEM!

30 Outubro 2020

 

 

 

BIOGRAFIA POÉTICA

 

Sou uma pessoa de histórias, de imaginação fértil, incompleta, apaixonada.

Especializei-me na arte de guardiã de sonhos, inventando realidades melhores, com a crença profunda de que se tornarão reais. Naqueles onde não posso intervir, canalizo a força do meu bem querer e reservo-lhes um espaço no meu livro de contos, para que possam um dia inspirar o espírito elevado do sonhador.

Busco sensações no corpo, que ampliam a consciência de mim. Observo atentamente a realidade à minha volta, o meu rosto e o rosto dos outros, para captar melhor as distâncias que nos compõem. É um trabalho sem fim, este. Um mergulho em profundidade, com muitos regressos à superfície para poder contemplar a beleza dos seus reflexos.

Conheço a tristeza profunda e a alegria vibrante, habitando vezes sem conta a sombra e a luz. Já tive medo de morrer, de acabar de repente, porque era então muito pequena, dentro de uns olhos cheios de mundo. Na altura, não sabia ainda que a morte é o início de uma nova vida.

Curiosa e insegura, persigo o Graal, deixando pelo caminho o que ainda não é, soltando ilusões como se de pássaros livres se tratasse. Passo a maior parte dos meus dias descalça, atenta à essência das coisas e às mensagens do coração da Terra.

Elegi a música como fonte de inspiração, e danço. Danço sempre, como modo de vida, modo de ser, modo de rezar e agradecer a plenitude do amor.

18 de setembro, 2020

 

 

HÁ PALAVRAS ASSIM

 

Sobretudo em dias especiais, há palavras descuidadas, seguidas de vírgulas e pontos, que podem matar.

E matam.

Só gestos de Amor verdadeiro podem trazer redenção.

Há palavras assim que o mundo precisa de aprender a calar!

Proibidas!

5 setembro, 2020

OH AIR THAT BREATHES ME!

More than ever, it is necessary to do away with paralyzing fear, expand the heart and mind and create new solutions.

In a time when you live virtually, ignoring the preciousness of direct relationship with the other, it is ironic that you must now use virtual resources, wisely, so as not to suffer from morbid isolation. Apparently, you have to lose, to value. You have to be faced with our maximum fragility, with the imminence of dying asphyxiated, to finally hear the groans of the abused planet.

Life is truly ironic. For years we have seen the scourge of fires that have been progressively killing the lungs of the planet. Now, we are the ones who see our own lungs threatened.

The paradox of life is at times masterful in creativity!

So much have we distanced ourselves emotionally from each other that we now find ourselves forced to flee from each other, weeping at the pains of not being together. And that is what will save us all. We are going to miss each other and, above all, need each other so that we can survive as a species. Yes, because the planet will be able, through its mysterious intelligence, to resist and reinvent itself. As for us, if we do not change behaviours and do not tune in with the heart, we may well, one of these days, be dismissed from paradise, but not because of the coronavirus, but because of our particular talent for destroying our own immune system.

I question if we are aware of the millions of children who die of hunger every day, the daily numbers of deaths from stroke and cancer, malaria, suicide and many other sorts of virulence. The number of deaths that have occurred in the world so far, due to coronavirus, is negligible in relation to all this. I am not the one who says it, the numbers do.

I also question if we have already stopped to think that the consumption of tobacco, alcohol, sugar, flour and other refined products, processed products, soft drinks, and so on, are at the base of the destruction of the immune system?!

And why do we believe that the poisons used in agriculture only kill bugs and nothing will happen to us?!! How come we do not realize that our body is being poisoned?! So much omnipotence and dissociation in the supposedly most evolved species on the planet!!!

I also ask if you do not find it strange that, with so much information out there, it is not yet known that living in daily stress, for hours on end, inside companies and offices, as if there were no tomorrow, family and children, destroys our joy, bonds and health?! I challenge all of us to read a chapter on psychosomatics and psychoneuroimmunology daily.

There are people who do not sleep or sleep little. Don’t we all know that nights were meant to sleep and regenerate? The doctors tell us to rest and sleep early when we have some disease. I wonder why? What part haven’t we figured out yet? Isn’t it better to prevent diseases?

I have always liked trees, wasteland, land, water from the rivers and sea, and I have always cried when seeing them suffer. I come from a mistreated, abused land, due to its huge beauty and natural wealth, by greedy and dishonest governments, up until the time of the total extinction of the animals that lived happily in the savannah.

It is because of these and many other virulent attitudes that Man has been making the air unbreathable! It is possible that this pandemic is just a strategy of the Universe so that the dust that has been hidden under our carpets comes to light, to be finally cleaned, swept and integrated. I have no doubt that we have entered the era of the collective, of solidarity, of compassion, of emotional intelligence. Values ​​must change!

Have we already stopped to think about what it means to breathe?

Inhale. Exhale. When you breathe, space is created inside the body, blood circulation is started and this is how the organism feeds itself and works. And it takes time. Breathing well is having space and time. In order to create space, you need to be angry enough to shout the freedom cry. This hectic life of doing, doing, doing, working for hours on end, sleeping little so as not to lose the business of millions or to take advantage of all the minutes to gather more information, and to eat badly, without criteria, is basically living to consume personal resources and energy, until its extinction. That is to say, surviving.

This pandemic has come to tell us that now we need to learn how to live!

Curiously enough, humanity has prioritized money and consumption, based on fear of scarcity. Now, it is possible that we will all consume less and earn less money, but with more abundance. Life is indeed an abundance and it is with this thought that bread multiplies.

Love and solidarity are good for the immune system, they are powerful antivirals and turn scarcity into prosperity. You must not forget this!

The greatest sadness is the lack of love, coherence and pleasure in living. Lack of love is the loss of contact with the laws of nature, it is lack of centre, intelligence channelled into maintaining our integrity!

More than ever, movement is needed. Do not stop. Move your body, relax, breathe, strengthen your muscles, mind and spirit, and get rid of self-limiting objects, attitudes and beliefs.

There is already information enough. We now need to integrate knowledge and create new structures that serve the needs of humanity.

The body, mind, heart and spirit need to be integrated! That surely is a laser beam of wisdom and effectiveness!

                                                                                                                                  17th March 2020

Ó AR QUE ME RESPIRAS!

Mais do que nunca, é preciso sair do medo paralisante, expandir o coração e a mente e criar novas soluções.

Numa era em que se vive virtualmente, ignorando a preciosidade da relação direta com o outro, não deixa de ser irónico termos agora que aprender a usar, com sabedoria, os recursos virtuais, para não padecermos de isolamento mórbido. Pelos vistos, é preciso perder, para dar valor. É preciso depararmo-nos com a nossa máxima fragilidade, com a iminência de podermos morrer asfixiados, para escutarmos finalmente os gemidos do planeta maltratado.

A vida é mesmo irónica. Há anos que assistimos ao flagelo dos incêndios que vêm progressivamente matando o pulmão do planeta. Agora, somos nós que vemos ameaçados os nossos próprios pulmões.

O paradoxo da vida chega a ser de uma criatividade magistral!

Tanto nos temos afastado afetivamente uns dos outros que agora nos vemos obrigados a fugir uns dos outros, chorando as penas de não estarmos juntos. E é isso que nos vai salvar a todos. Vamos sentir falta uns dos outros e, sobretudo, precisar uns dos outros, para podermos sobreviver como espécie. Sim, porque o planeta conseguirá, pela sua inteligência misteriosa, resistir e reinventar-se. Já nós, se não mudarmos comportamentos e não nos sintonizarmos com o coração, podemos bem, um destes dias, ser dispensados do paraíso, mas não por causa do coronavírus, e sim, por causa do nosso particular talento para destruir o nosso próprio sistema imunitário.

Eu pergunto se estamos conscientes dos milhões de crianças que morrem à fome diariamente, dos números diários de mortes por AVC e cancro, malária, suicídio e muitas outras virulências. O número de mortes que ocorreram no mundo até agora, por coronavírus, é ínfimo em relação a tudo isso. Não sou eu que digo, são os números.

Eu pergunto também se já parámos para pensar que o consumo de tabaco, álcool, acúcar, farinhas e outros produtos refinados, produtos processados, refrigerantes, etc., estão na base da destruição do sistema imunitário?!

E por que é que achamos nós que os venenos que se usam na agricultura só matam os bichos e a nós não acontece nada?!! Como é que não percebemos que o nosso corpo está a ser envenenado?! Tanta omnipotência e dissociação na espécie supostamente mais evoluída do planeta!!!

Pergunto também se não acham estranho que, com tanta informação à solta, ainda não se saiba que viver em stress diário, horas a fio, dentro de empresas e escritórios, como se não houvesse amanhã, família e filhos, nos vai destruindo a alegria, os vínculos e a saúde?! Convido todos a lermos, diariamente, um capítulo sobre psicossomática e psiconeuroimunologia.

Há quem não durma ou durma pouco. Não sabemos todos que as noites foram feitas para dormir e regenerar? Os médicos mandam-nos descansar e dormir cedo, quando tempos alguma doença. Por que será? Qual é a parte que ainda não percebemos? Não será melhor prevenir a doença?

Sempre gostei de árvores, mato, terra, água dos rios e do mar, e sempre chorei ao vê-los sofrer. Venho de uma terra maltratada, abusada, pela sua enorme beleza e riqueza natural, por governos gananciosos e mal formados, até ao desaparecimento total dos animais que viviam felizes na savana.

É por causa destas e de muitas outras atitudes virulentas que o Homem tem vindo a tornar o ar irrespirável! É possível que esta pandemia seja apenas uma estratégia do Universo para que a poeira que tem andado escondida debaixo dos nossos tapetes venha a lume, para ser finalmente limpa, varrida e integrada. Não tenho dúvidas de que entrámos na era do coletivo, da solidariedade, da compaixão, da inteligência emocional. Os valores têm inevitavelmente que mudar!

Já parámos para pensar no que significa respirar?

Inspirar. Expirar. Quando se respira, cria-se espaço dentro do corpo, põe-se em marcha a circulação sanguínea e é assim que o organismo se alimenta e funciona. E leva tempo. Respirar bem é ter espaço e ter tempo. Para criar espaço é preciso ter raiva suficiente para dar o grito de liberdade. Esta vida agitada de fazer, fazer, fazer, trabalhar horas a fio, dormir pouco para não perder o negócio de milhões ou para aproveitar os minutos todos para recolher mais informação, e comer mal, sem critério, é basicamente viver para consumir os recursos pessoais e energéticos, até à sua extinção. Ou seja, é sobreviver.

Esta pandemia veio dizer-nos que agora precisamos de aprender a viver!

Curiosamente, a humanidade tem priorizado o dinheiro e o consumo, com base no medo da escassez. Agora, é possível que venhamos todos a consumir menos e a ganhar menos dinheiro, mas com mais abundância. A vida é mesmo uma abundância e é com este pensamento que o pão se multiplica.

O amor e a solidariedade fazem bem ao sistema imunitário, são poderosos antivirais e transformam a escassez em prosperidade. É preciso não esquecer isto!

A maior tristeza é a falta de amor, de coerência e de prazer de viver. Falta de amor é a perda de contacto com as leis da natureza, é falta de centro, de inteligência canalizada na manutenção da nossa integridade!

Mais do que nunca, é preciso movimento. Não estancar. Mexer o corpo, soltar, respirar, fortalecer os músculos, a mente e o espírito, e desfazermo-nos de objetos, atitudes e crenças autolimitantes.

Já há informação suficiente. Falta agora integrar o conhecimento e criar novas estruturas que sirvam as necessidades da humanidade.

Falta integrar o corpo, a mente, o coração e o espírito! Isso sim, é um raio laser de sabedoria e eficácia!

17 de março, 2020